terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Nada é como era.

O sol já não é tão brilhante como era. Deixou de aquecer muitos corações e esfriou muitos olhares.
A chuva deixou de cair com a intensidade maravilhosa que caía. Deixou de ser segura, e tornou-se apenas água, água que não é a verdadeira chuva.
À muito tempo que as nuvens não são mais nuvens, e sim pedaços de algodão esquecidos, espalhados pelo céu.
A luz do luar deixou de brilhar nos rostos de cada um, e as estrelas? Já não as reconheço.
A comida deixou de dar prazer, e passou a oferecer culpa e repugna.
A água já não é mais utilizada para matar a sede, e sim para ocupar o espaço vazio que tortura muitos estômagos, todos os dias.
O vento não é mais O vento.
Eu que amava envolver-me sob o sopro forte da brisa fresca.
Adorava os dias em que o sol iluminava os meus olhos, e neles, refletia amor, ternura, esperança e muita, muita vida.
Hoje, nada é como era.

Seja como for, tanto faz.
Deixei-me levar pela dor e pelo fracasso.

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Três anos, fevereiro, 2014.

Lembro-me de tudo, como se tivesse sido ontem.
Tinha feito 12 anos à pouco tempo. Era uma pré-adolescente feliz.
Como qualquer pré-adolescente, tinha um pequenino sonho, que com o passar do tempo deixou de o ser, e tornou-se num grande, e muito desejado sonho!
Trabalhei e esforcei-me muito para realizar aquilo que tanto ambicionava.
E de ambição, passou a doença.

Vi lágrimas nos olhos daqueles que mais gostava.
Fiz sofrer os mais próximos.
Coloquei preocupação no coração de muita gente.
E eu.
Eu também chorava. Também sofria.
Tinha medo que os outros estragassem o esforço que tanto exigi de mim.
Eu estava cega. Doentiamente cega.

E o meu medo, aconteceu.
(...)



O primeiro pensamento, o primeiro ato, a primeira decisão, foi à três anos.
Três anos cheios de melancolia.
Três anos com um só sonho.
E depois de tanta destruição, a esperança é cada vez menor.