Arrombou a porta da minha mente, como um assalto.
Conheceu os meus pais, irmã e conhecidos.
Chegou até mim.
E sem avisar, envenenou todo o meu organismo.
Tem sido incansável, ela.
Incansavelmente destruidora.
Eu, patética e fraca, aceito o seu abraço maquiavélico e entro no seu jogo obscuro, todos os dias, do nascer ao pôr do sol.
Mesmo conhecendo a sua maldade perante mim, não consigo abandoná-la.
E sei o porquê...
Costuma ser os outros a abandonar-me, e não eu.