domingo, 9 de junho de 2013

Quero estar sozinha, mas ao mesmo tempo quero companhia.

É estranho, mas é o que eu sinto, e os meus sentimentos/pensamentos são estranhos.
Tenho pensado muito em tudo, mas principalmente no isolamento que eu estou a provocar. Por vezes (maior parte das vezes) quero estar sozinha, apenas eu, a música e os meus nites, mas outras vezes eu sinto falta da companhia de alguém. Sinto falta de rir, sinto falta de falar, de me divertir. Já não tenho a minha irmã perto de mim e talvez por isso é que me sinto um bocado mais vazia, mas isso não significa que eu quero que ela volte. Pelo contrário, prefiro estar sozinha, com o quarto só para mim, fumar quando me apetece sem ninguém estar a dizer que isso me faz mal, blá blá blá.

Amanhã vou estar sozinha em casa, o dia quase todo e queria companhia. Para ser sincera gostava de começar a alucinar e ter um amigo imaginário (se eu não quisesse coisas más para a minha saúde até ficava admirada).
Lembro-me muito bem, muito bem mesmo que quando era pequena, por volta dos 7 anos tinha muitas amigos imaginários. É verdade. Tinha um namorado, 3 ou 4 irmãos mais novos e lembro-me que eu era uma princesa e ia casar-me. Sim, ridículo...
Ás vezes falo comigo mesma e outras vezes insulto-me nos momentos de maior nervosismo. Mas o que eu queria mesmo é uma companhia, uma companhia que eu não me fartasse. Sei lá, será que preciso de um namorado?... Náááh, só dão trabalho e muitas dores de cabeça. Mas ao mesmo tempo fazem-nos sentir bem, pelo menos o J. conseguia fazer sentir bem, ao início...
Enfim, não me quero lamentar ou fazer passar por coitadinha, pelo contrário, estou a tentar interiorizar o fato de que a vida é um desafio, mesmo que nós não o aceitemos não à escolha a fazer a não ser cumpri-lo. E ninguém sabe quando acaba o desafio de alguém. Eu própria podia por fim a isto, mas isso era se tivesse coragem suficiente para isso. Há uns tempos acredito que tivesse coragem, agora... Agora eu quero ver como é que as coisas correm, tenho curiosidade de conhecer mais o mundo, as pessoas, mesmo que para isso tenha de sofrer. Como é óbvio eu não sei tudo da vida nem o que ela trará, mas ninguém nasce ensinado e ninguém morre com o conhecimento todo adquirido.
Acho que amanhã vou mesmo ficar só pela música e pelos cigarros.


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