segunda-feira, 30 de setembro de 2013

O pensamento com lógica.

Tu, que me olhas de lado quando passas por mim, achando que sou maluca. Eu tenho a certeza que não sou. Mas não vim aqui escrever sobre a tua insignificante opinião sobre a minha pessoa. 
Sempre que nos esforçamos, é na esperança de receber a recompensa que tanto queremos.
Fala-me dessa recompensa. Quanto tempo dura? Fará de ti uma pessoa 100% feliz? Ora ora, toda a gente gostaria de ser 100% feliz!
Essa felicidade não existe. Existe dias bons, dias normais, dias maus e dias para desejar a morte. E tu, que te julgas feliz, estás ingenuamente enganado pelo mundo. Estou errada, pensas tu? Não estou enganada, não! De que te adiantou todo este forço, até ao dia de hoje? Cresces-te. Apenas. Era isso mesmo que tu querias? Crescer?. Explica-me! De que te adiantou tantas tentativas falhadas e vencidas, se poderás morrer amanhã num acidente de autocarro, a caminho da escola ou num acidente a atravessar a passadeira? De que te adiantou tudo se o teu coração poderá parar de repente esta noite, enquanto dormes? Era bom, não era? Huuuum, que delícia seria uma paragem cardíaca durante o sono, sem sofrimento! "Se estiver sempre a pensar que posso morrer amanhã ou para a semana, viverei sempre com medo.". A morte não mete medo, a vida sim! E de qualquer das formas, sua alma sem lógica, irás morrer, quer queiras, quer não.

"Sabes o porquê da morte ser tão fria, tão escura e tão triste? Porque nunca foi tão amada como a vida!"
c.f.

sábado, 28 de setembro de 2013

Um dia triste

Aquela dorzinha que aparece no peito e aperta o pescoço como se te fosse asfixiar. Passa para a cabeça, e é na cabeça que se encontra a bomba relógio, que tem o tempo contado.
Cada um tem o seu tempo. Eu tenho o meu. E não sei porque choro se tenho a 'solução'. E tu, lembras-te das gargalhadas que eu dava? Da Catarina que eu era? Eu vejo em fotos e a única vontade é voltar ao passado. Mas é impossível. Então porque não morrer? Pára de pensar que a morte é uma coisa má! Pára! Nem tu, nem eu sabemos o que há do outro lado. Eu acredito que seja uma coisa bonita, escura, mas bonita. Uma coisa sensível, que apenas precisa de ser compreendida e ser tão amada como a vida.
Eu posso tentar. Vou tentar. E se te magoar, desculpa-me. Mas lágrimas não bastavam. Eu precisava apenas que o coração parasse.


sexta-feira, 27 de setembro de 2013

"Ela desliza e a vontade transforma-se num verdadeiro sonho"

Vai

"Vai!
Não.
Mas, se não quiseres ler,
Também não faz diferença.

O desespero regressa nas piores horas,
Horas essas que me afligem.
Lágrimas nos olhos,
Respiração saí do controle.
Todos os pensamentos,
Tornaram-se vontades
E agora,
De vontades
A sonhos.

A morte parece ser tão atraente.
Tão interessante.
A morte, a morte, a morte.
Nem venham com a conversa:
"Farias falta.",
Não mintam, não inventem.
Como Álvaro de Campos dizia:
"Só és lembrado em duas datas, anualmente:
Quando faz anos que nasceste, quando faz anos que morreste.
"


A morte
Faz sentido.

Agora.
Agora podes ir."
c.f.

Papel Elástico

"Foi na noite 26/09.
Peguei numa lâmina
E passei no meu braço.
Senti a pele a rasgar,
Senti.
Ouvi.
Como se estivesse a rasgar um papel.
Um papel elástico." 
c.f. 

terça-feira, 24 de setembro de 2013

"O resumo diário"

Faço um resumo do meu dia e apenas o que escrevo é, uma única palavra: tristeza.
Cabis baixo.
Lágrimas nos olhos pois até olhares me magoam Nunca as deixo deslizar pela minha cara. Porquê? Porque não me permito chorar à frente de alguém. E todos os dias penso em desistir, apenas por ouvir algo sobre mim vindo de outras pessoas, pessoas essas que muitas das vezes nem o meu nome sabem. Mas, num espaço de segundos, o pensamento muda. E é aí que fico confusa. "Não posso desistir, de me esforçar, apenas por escutar palavras vindas de tolos, de desconhecidos que vivem em um mundo ao qual nem sabem bem se cá pertencem", penso eu. "Porque não desisto?", "Mas, porque haverei eu de desistir?". Essas duas perguntas confrontam-me todos os dias. Tal como: "Comer ou não comer?", "Vomitar ou não vomitar?". E, depois de todas essas confusões e decisões não decididas, chega a tristeza, permanecendo.

"Corto por cima de cortes ainda cortados, esperançosa por cortar a vida."
c.f.

I remember you. One year.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

O meu primeiro poema.

"Dia obscuro, tristeza permanente,
Dolorosa, que parece durar para sempre.
Onde andas tu felicidade?
Aproximaste-te,
Deixaste-me.

Estou a ficar louca,
Loucura pura,
Completamente longe da vida,
Longe da ternura.

Os meus olhos perderam a luz,
Como a noite tira ao dia
Como as nuvens escuras,
Carregadas de lágrimas tiram a alegria.

Para onde foi a tua magia?
A magia da visão,
Do reflexo com perfeição."

c.f.


Escrever nos intervalos tornou-se mais interessante do que estar com alguém, mesmo que não sejam os melhores poemas.

sábado, 21 de setembro de 2013

Afasta-te + poema fascinante.

Horas, minutos, segundos. Nada tem sido fácil. Mas na vida, à alguma coisa fácil? Tu, tal como eu sabes que não. Já me habituei. Já não estranho. O que para ti é anormal para mim é normal. Tu não me compreendes? Pois bem, eu também não te compreendo. Desliguei-me, do mundo, de tudo. Nada tem vantagens, tudo tem desvantagens. Quando falas comigo, digo que te percebo, apenas para ser simpática. Como vou perceber um sentimento que não é meu? Não insistas. Afasta-te. Não te quero a ti nem a ninguém por perto. Porquê? Porque sim. Não é resposta? Poderia dar-te as respostas todas, mas não me quero explicar. Prefiro enterrar-me nos poemas, na leitura, na escrita. Para quê preocupar-me contigo? Se possivelmente foste tu que ajudas-te na formação do meu atual pensamento.
Quero aprender a fazer poemas. Por isso não me interrompas. Seja a que hora for. Não tenho tempo a perder.
Quero ficar inspirada, e não ser magoada.

Se te Queres Matar

"Se te queres matar, porque não te queres matar?
Ah, aproveita! Que eu, que tanto amo a morte e a vida,
Se ousasse matar-me, também me mataria...
Ah, se ousares, ousa!
De que te serve o quadro sucessivo das imagens externas
A que chamamos o mundo?
A cinematografia das horas representadas
Por atores de convenções e poses determinadas,
O circo policromo do nosso dinamismo sem fim?
De que te serve o teu mundo interior que desconheces?
Talvez, matando-te, o conheças finalmente...
Talvez, acabando, comeces...
E, de qualquer forma, se te cansa seres,
Ah, cansa-te nobremente,
E não cantes, como eu, a vida por bebedeira,
Não saúdes como eu a morte em literatura!

Fazes falta? Ó sombra fútil chamada gente!
Ninguém faz falta; não fazes falta a ninguém...
Sem ti correrá tudo sem ti.
Talvez seja pior para outros existires que matares-te...
Talvez peses mais durando, que deixando de durar...

A mágoa dos outros?... Tens remorso adiantado
O que te chorarem?
Descansa: pouco te chorarão...
O impulso vital apaga as lágrimas pouco a pouco,
Quando não são de coisas nossas,
Quando são do que acontece aos outros, sobretudo a morte,
Porque é coisa depois da qual nada acontece aos outros...


Primeiro é a angústia, a surpresa da vinda
Do mistério e da falta da tua vida falada...
Depois o horror do caixão visível e material,
E os homens de preto que exercem a profissão de estar ali.
Depois a família a velar, inconsolável e contando anedotas,
Lamentando a pena de teres morrido,
E tu mera causa ocasional daquela carpidação,
Tu verdadeiramente morto, muito mais morto que calculas...
Muito mais morto aqui que calculas,
Mesmo que estejas muito mais vivo além...
Depois a trágica retirada para o jazigo ou a cova,
E depois o princípio da morte da tua memória.
Há primeiro em todos um alívio
Da tragédia um pouco marçadora de teres morrido...
Depois a conversa aligeira-se quotidianamente,
E a vida de todos os dias retoma o seu dia...


Depois, lentamente esquecem-te.
Só és lembrado em duas datas, anualmente:
Quando faz anos que nasceste, quando faz anos que morreste.

Mais nada, mais nada, absolutamente mais nada.
Duas vezes no ano pensam em ti.
Duas vezes no ano suspiram por ti os que te amaram,
E uma ou outra vez suspiram se por acaso se fala em ti.


Encara-te a frio, e encara a frio o que somos...
Se queres matar-te, mata-te...
Não tenhas escrúpulos morais, receios de inteligência! ...
Que escrúpulos ou receios tem a mecânica da vida?

Que escrúpulos químicos tem o impulso que gera
As seivas, e a circulação do sangue, e o amor?

Que memória dos outros tem o ritmo alegre da vida?
Ah, pobre vaidade de carne e osso chamada homem.
Não vês que não tens importância absolutamente nenhuma?

És importante para ti, porque é a ti que te sentes.
És tudo para ti, porque para ti és o universo,
E o próprio universo e os outros
Satélites da tua subjetividade objetiva.
És importante para ti porque só tu és importante para ti.
E se és assim, ó mito, não serão os outros assim?

Tens, como Hamlet, o pavor do desconhecido?
Mas o que é conhecido? O que é que tu conheces,
Para que chames desconhecido a qualquer coisa em especial?

Tens, como Falstaff, o amor gorduroso da vida?
Se assim a amas materialmente, ama-a ainda mais materialmente,
Torna-te parte carnal da terra e das coisas!
Dispersa-te, sistema físico-químico
De células noturnamente conscientes
Pela noturna consciência da inconsciência dos corpos,
Pelo grande cobertor não-cobrindo-nada das aparências,
Pela relva e a erva da proliferação dos seres,
Pela névoa atômica das coisas,
Pelas paredes turbihonantes
Do vácuo dinâmico do mundo..."

Álvaro de Campos


quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Eu vou mostrar-te a realidade

E mais um dia passou, contra a minha vontade. Muitas gargalhadas, muitas conversas e muitos sorrisos, dei eu, mas nada disso é sinónimo de felicidade. Num dia tomo uma decisão, no outro dia desisto e volto com tudo atrás. Odeio pessoas indecisas, mas tornei-me numa delas. Cada vez percebo melhor o porquê de tanto ódio por mim mesma. Nada do que eu faço é certo. Por favor, olha para mim e admite que sou uma falhada que desiste de tudo. Achas o contrário? Eu conheço-me melhor que tu ou outro alguém algum dia me irá conhecer. Nunca saberás o que eu escondo, aquilo que nunca escrevi e aquilo que nunca contei a ninguém, nem mesmo aos profissionais. Aquele segredo que trago guardado à anos dentro de mim morrerá comigo sem ninguém o conhecer. Os anos têm passado, as pessoas têm entrado e saído da minha vida, como na vida de toda a gente, e depois de tanto que passei em apenas 14 anos, sabes o que penso? Que prefiro ficar sozinha. Mas o que ganho em ficar sozinha? Ganho mais do que ficar acompanhada. Para quê companhia? Não preciso. Nunca ninguém irá entender. E porque é que eu preciso que alguém me entenda? Não adiantaria nada, e, de qualquer das formas, é impossível que alguém saiba o que penso/sinto, i-m-p-o-s-s-í-v-e-l.
Eu vou mostrar-te, a ti e a toda a gente o que é realmente desistir de viver, mas principalmente, quero mostrar a mim mesma o sentido da palavra "desistir". Talvez não hoje, nem amanhã, nem mesmo na próxima semana, mas irei trabalhar nesse sentido.
Gostaria que cada um de vocês fosse comigo quando essa hora chegasse, que conhecessem o 'outro lado', mas como depois não seria possível voltarem, deixaria com que ficassem a pensar o porquê e, de que tamanho seria o desespero para tal decisão/ato.


Good night, wrist.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Porquê? Porquê?

Olha para onde estás e diz-me, de que serve tentar? Tentar ser magra, tentar ser bonita, tentar ter amigos, tentar ter uma boa relação com os pais, tentar ter boas notas. Tudo isso, para quê? O que vamos ganhar se também é possível perder? De que serve tudo isto? Porque estamos aqui? Porque é que estás a ler isto? Porquê, porquê, porquê? Porque é que continuo aqui se a minha cabeça está além?
Que vida, mas qual vida? Qual é o medo de morrer? Qual é o medo de parar de ter medo? Catarina, se a única coisa que falas, que pensas, e que sentes é a morte, porquê a vida? Porque é que ainda tentas fazer as coisas certas? Porque é que ainda esperas?
Tu sabes que nada vale a pena. Nada.
Portanto, acaba com tudo, mas de uma vez!

sábado, 14 de setembro de 2013

Oh, que s'foda!
Sou uma merda e quero escrever, como se isso adiantasse alguma coisa.
Falta dois dias para as minhas aulas começarem, ou seja, não só vejo merda na internet como também tenho de ver na escola, lol. "Estás no 9º ano Catarina, tens de te esforçar para saíres daquela escola.", pqp, eu preferia ter 10 overdoses de seguida do que sair de casa! "Não digas isso Catarina. Com 10 overdoses ias estragar o teu estômago todo, sem falar de outros danos.", afffffff, como se ele já não tivesse todo fodido. Mas estou mesmo a cagar na saúde. "Blá blá blá, depois vais dar valor.", valor o crl! No mundo não se valoriza nada nem ninguém, com  tantos 'vai e vem' que há, as pessoas nem sabem o que é valorizar e como se faz, incluindo eu.
Cortes, duas overdoses de comprimidos, vomitar, chorar, dr***s, cigarros e mau humor. Isso tudo resume o meu verão. Espera...! A palavra "verão" significa também "diversão", certo? Ah sim, sim, foi um verão muito divertido, melhor não podia ser! *ironia*
Eu sou uma mimada, dramática, desisto de tudo, se tivesse força de vontade deixava de fazer e de pensar em certas coisas, blá blá blá e mais BLÁ! Oh fodasse, que o mundo e a vossa opinião desnecessária se fodam ás carradas!
Sendo direta e realista, estou gorda que nem uma vaca, mas desta vez ainda mais, para variar e para felicidade de muita gente que gosta de me ver na merda, parabéns! Com os estômago todo fodido, com o cabelo a cair e com os dentes da frente frágeis e não muito fixos... Uii, que felicidade! *ironia, outra vez*
Ah! E parabéns a mim que hoje ia desmaiando e via tudo à roda.