"Vai!
Não.
Mas, se não quiseres ler,
Também não faz diferença.
O desespero regressa nas piores horas,
Horas essas que me afligem.
Lágrimas nos olhos,
Respiração saí do controle.
Todos os pensamentos,
Tornaram-se vontades
E agora,
De vontades
A sonhos.
A morte parece ser tão atraente.
Tão interessante.
A morte, a morte, a morte.
Nem venham com a conversa:
"Farias falta.",
Não mintam, não inventem.
Como Álvaro de Campos dizia:
"Só és lembrado em duas datas, anualmente:
Quando faz anos que nasceste, quando faz anos que morreste."
A morte
Faz sentido.
Agora.
Agora podes ir."
c.f.
Papel Elástico
"Foi na noite 26/09.
Peguei numa lâmina
E passei no meu braço.
Senti a pele a rasgar,
Senti.
Ouvi.
Como se estivesse a rasgar um papel.
Um papel elástico."
c.f.
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