domingo, 31 de março de 2013

...

E quando estás na cama e antes de adormeceres juras de pés e mãos juntas que quando acordares vai ser diferente e que vais conseguir alcançar os teus objetivos. No dia seguinte quando acordas não corre nada como planeado. Começas a fraquejar, a lembrar-te do passado. Começas a magoar-te a ti própria por dentro, ficas pessimista e não acreditas em ti. Acabas por fazer tudo ao contrário, acabas por te magoar tanto no exterior como no interior.
Não quero dramatizar mas gostava que alguém entendesse os milhões de pensamentos que tenho, por isso é que escrevo, na esperança que algum dia alguém leia o que escrevi até hoje e que me perceba de verdade. Não sei, talvez uma geração mais avançada. Nessa altura posso já ter falecido mas mesmo assim vou querer que alguém perceba cada palavra que escrevo.
A minha cabeça acha que o que eu sinto é uma coisa comum e que não é nada de especial, que não preciso de ajuda, mas o meu coração sente que isto é demais para uma menina de 14 anos, que isto na realidade é uma verdadeira dor, que preciso de ajuda e que não sei o que fazer.
Tudo tem uma razão de ser e as coisas não acontecem por acaso. Digo muito vez que cada um tem aquilo que merece, e talvez eu mereca mesmo isto. Não sei... Será que eu mereço mesmo sentir isto? Mereço mesmo estar a matar-me? Eu sei que eu sou a principal pessoa que me mata, mas não sou só eu sozinha... Não culpo ninguém, só tenho de me culpar a mim...
E se eu nunca tivesse conhecido as pessoas que já conheci até hoje? E se o ano de 2010 não tivesse corrido como correu? Se essas coisas não tivessem acontecido eu talvez não era como sou agora...
Estraguei tudo, estraguei a minha vida, estraguei a boa pessoa que era e estraguei a felicidade de muita gente. Ás vezes leio aquelas imagens que dizem "A criança que tu eras iria orgulhar-se da pessoa que és hoje?" e quando leio vem-me as lágrimas aos olhos...
E a questão dos cortes... Cortar não leva a lado nenhum, mas mesmo assim não vou parar. Já é um vício, tenho necessidade de ver sangue, o meu sangue. Quero guardar no meu corpo cada trassinho da dor que sinto.
Nunca vou conseguir ultrapassar isto, nunca. Eu devia acreditar em mim, mas já é impossivel. Gostava que quando as pessoas olhassem para mim vissem tudo o que sinto e o sofrimento todo que tenho guardado dentro de mim, mas isso não é possivel. Acho que o olhar é o único que consegue demonstrar um bocado muito pequeno da dor, principalmente quando os olhos enchem de lágrimas e não param durante horas...
*chorar*

Os braços neste momento...



Desilusão comigo mesma

Literalmente vou escrever o mesmo que escrevo sempre...
Estou desiludida comigo mesma. Nunca me imaginei da forma que sou hoje.
Tenho tentado estar bem, ver o lado bom das coisas, divertir-me ao máximo, mas há pessoas que só nos querem ver em baixo.
Ninguém imagina as coisas que me vão na cabeça, as vontades que eu tenho de querer acabar com a vida, de querer acabar com tudo.
Não posso ver ou ler que tudo me põe magoada. Estar magoada e triste faz parte, principalmente na minha idade, o problema é que eu quando fico magoada só penso em acabar com a vida. Quando estou magoada penso em tudo o que já me disseram, tudo o que já me fizeram, lembro-me de 2011, lembro-me de 2012, lembro-me de todas as "parvoíces" que fiz, lembro-me daqueles dias e noites a chorar, daquela noite que tomei pela primeira vez comprimidos para me matar, lembro-me de tudo.
Dizem-me sempre que sou a minha pior inimiga, e é verdade. Eu faço-me mal todos os dias, eu rebaixo-me a mim própria, eu desvalorizo-me, insulto-me e quando os outros o fazem não consigo aceitar. Parece que matam mais um bocadinho de mim.
Viver a mim já não me diz nada infelizmente. Tenho pena de ser assim, tenho pena de não conseguir lidar com as outras pessoas. Passou-se 2 anos e mudei tanto...

Não quero escrever. Não quero nada aliás. Ou então quero. Até pode parecer que não é nada as coisas que me acontecem mas o sofrimento psicológico é maior que qualquer outra dor...

Feri outra vez o braço e mesmo assim não me acalmei. Já não há nada a fazer quanto a mim. Sou um caso perdido, sem volta a dar. Vere-mos se vou continuar a Catarina que sempre fui até hoje...
 

quinta-feira, 28 de março de 2013

Mais um aniversário

Amanhã, dia 29 de Março faço 14 anos.
Vai ser o 3º aniversário que não vou passar bem...
Não vou estar com os meus pais nesse dia. E sim, já não estou com aquela parvoíce de lhes chamar "progenitores". São meus pais, iram sempre ser, mesmo que eu não queira!
Como estava a escrever, não vou estar com eles. Estou na casa de umas amigas e acho que estou melhor aqui. Em casa não estou bem, não me sinto bem. Estão sempre a discutir comigo, sempre a ralhar se eu faço ou não faço as coisas. Dizem que eu é que armo sempre discussão lá em casa e que sou uma revoltada. Culparam-me de haver sempre desentendimentos literalmente.
Ontem e hoje foi um dos dias em que me considerei mais nervosa e desesperada. Mas hoje...
Tive consulta depois de almoço com a pedopsiquiatra e ela soube que tinha tomado os 50 comprimidos. Ficou chateada e disse-me "É isto que tu queres?", eu: "O quê?", ela: "Seguir este caminho.". Passei a consulta quase toda calada. Ameaçou-me de próximos internamentos e disse que eu tinha muita força de vontade, mas só para me fazer mal, que estou a seguir o caminho da destruição e vou conseguir destruir-me. A minha mãe começou a falar do mês de Novembro quando tinha tomado 30 comprimidos e a pedopsiquiatra perguntou: "E ela foi para o hospital nesse dia?", eu: "Não, não quiz.", ela: "Porquê?", eu: "Se tivesse de morrer morria em casa.". A médica chamou-me de iguista e disse que eu não sabia dar o valor da dor que a minha mãe sentia a ouvir tudo o que dizia. Sim, é verdade que não sei dar valor ao que ela sente, tal como ela não sabe dar valor ao que eu sinto, por isso se ela não quer que eu a magoe ela que também não me magoe a mim! A médica também me disse que se eu morrese não seria a única, que todas as pessoas que gostavam de mim (principalmente a minha família) ia morrer também mas por dentro.
Depois da consulta telefonei ao meu pai e ele começou a enervar-me muito. Fui para dentro do carro a chorar e a minha vontade foi sair pela porta e pôr-me de repente á frente de um carro que passa-se. Parecia que estava a sentir eu a ir para a estrada mas que o meu corpo estava dentro do carro. É estranho de explicar e ainda mais estranho é entender...
Depois, olhei para os meus pés e vi um isqueiro. Pensei também em acende-lo e queimar o braço...
Eu não estou maluca! Estou desesperada, estou triste, estou deprimida, é diferente...

Cada dia que passa reconheço menos a pessoa que sou e pergunto-me "Quem sou eu? No que é que me tornei?"
 

domingo, 24 de março de 2013

Escrever já não alívia

Já escrevi e já apaguei frases e textos neste momento, não sei o que escrever.
Tudo o que escrevo parece rídiculo, parece que não tem valor, parece que é uma coisa normal e que ninguém liga. Eu quero dizer tanta coisa mas não sei o quê...

Hoje é daqueles dias que me fizeram chorar. Não quero explicar o porquê...
O que tenho a dizer é que me sinto um monstro e estou cheia de nojo de mim. Deitei-me ainda á pouco e senti-me muito desconfortável com tanta banha. Já nem consigo estar sentada por sentir a barriga a enrolar toda e a fazer ondas nojentas. Quero emagrecer e não consigo fazer a dieta. Fiz tudo certo até ás 16h da tarde mas depois daí foi o descalabre. Comi imenso mas depois fui vomitar tudo. A seguir de ter vomitado comi quase um pacote inteiro de bolachas de água e sal. Estou com fome, mas não vou comer nada. Só de me lembrar daquilo que a minha progenitora disse hoje mais vontade me dá de não comer...! :'c
Esperem, eu disse que queria emagrecer? Não. O que eu quero mesmo é morrer!!!

Amanhã vou a lisboa, a minha irmã tem uma consulta no hospital onde fui internada, o meu progenitor e a minha progenitora têm que ir e como não me querem deixar em casa sozinha também tenho de ir atrás... Quando chegar ao hospital vou á Pedopsiquiatria...

(Já nem escrever me alivia!!! Não acredito no que me está a acontecer. Não quero acreditar que me sinto assim. Não quero acreditar que preciso de me fazer mal para me acalmar! ;__;) 
Tenho de ver o meu sangue, tenho de sentir a dor da pele a abrir. Não, não tenho. Preciso!
*cortar*  

sábado, 23 de março de 2013

Lágrimas pesadas

Hoje discuti bastante com a minha progenitora e com a minha irmã. Julgaram-me muito, rebaixar-me, duvidaram das minhas capacidades. Disseram que não tinha vontade para nada e que não queria ajuda de ninguém. Disse-lhes que elas não sabem nada porque nunca passaram por tal coisa mas elas não ligaram. Fiz-me de forte á frente delas, não deitei uma única lágrima nem gaguejei, mas quando me encontrei sozinha, desmoronei. Os olhos encheram e enquanto eles enchiam doía bastante, nunca me tinha acontecido tal coisa. As lágrimas escorriam pela cara e parecia que cada uma pesava toneladas. No momento desejei que a dor diminuísse á medida que ia chorando mas sei que não é possível... O que eu queria mesmo era que o meu coração apaga-se toda a dor que tem dentro dele e que o meu cérebro fosse limpo com um aspirador. Não existe força suficiente neste mundo que me faça esquecer as coisas, que me faça livrar deste monstro que se apoderou de mim. Não tenho capacidade nem para tentar.
Queria que elas passassem uma semana a viver como eu vivo, a pensar no que eu penso, a ver o que eu vejo. Elas não percebem, nem elas nem ninguém. Não acredito que alguém me perceba. Para mim não existe especialistas que saibam o que vai na minha cabeça porque eles nunca passaram por tal coisa. Cada um tem um sofrimento diferente, cada um tem uma dor inigualável a todas as outras. O máximo que pode haver são pessoas idênticas a mim. Não só a mim como a vocês também.
Gostava que houvesse tantas pessoas me fizessem feliz como aquelas que me iludem, que me marcam, que se vão embora, que deixam saudade e que me fazem chorar.


Hoje exagerei em certas coisas mas também as vomitei. Enfim, é a minha vida.
 

sexta-feira, 22 de março de 2013

Sinto uma inferioridade do demónio

Não sei fazer nada de jeito, nem a porcaria de uma dieta!

Báhhh! A minha irmã já chegou e está uma verdadeira thinspo! Tem o corpo que eu sempre quiz, tem aquilo que devia ser meu! :''C
Trouxe roupas lindas, está com uma vida perfeita. Os meus progenitores andam só de volta dela, falam bem para ela e para mim só sabem ralhar, serem bestas!
E os amigos? Aqueles que me animavam já nem querem saber de mim, já nem me falam. Porquê? Porque estou cada vez mais gorda? Porque sou assim, uma anormal deprimida?

Hoje a minha progenitora (já não lhe chamo de mãe) quase me bateu, não paráva de ralhar comigo. Enquanto ela ralhava eu pensava para mim mesma «Calma Catarina, já estás habituada a isto, não vais descair agora.» mas porra, não dá para pensar assim o tempo todo!
Sinto-me minúscula comparada com outras pessoas :'c
*frustração*

quinta-feira, 21 de março de 2013

Mmm...

Dieta falhada. Não cometi excessos como antigamente. Não tive compulsões horriveis e cheias de gordura e açúcares, mas não comi aquilo que tinha programado.
Já não sei fazer uma dieta, ou melhor, já não sei fazer nada.

Sinto mal. Sei lá o que se passa comigo. Fico triste com qualquer coisa, principalmente com as pessoas. Epá, não sei. Escrever já não alivia e ouvir música já não me diz nada. Estou cansada que as pessoas me elogiam e que me julgem. Não quero que me digam nada mas ao mesmo tempo quero que me digam tudo. Quero atenção dos mais próximos mas não tenho. Mimada. É o que eu sou, até demais!

Amanhã a minha irmã volta para casa e fica cá uns dias. Isto não vai correr bem...

quarta-feira, 20 de março de 2013

Nutricionista + dieta

Hoje foi a consulta de Nutrição... Não vou dar muitos promenores.
O nutricionista hoje limitou-se a desvalorizar o meu sofrimento. Só me dava exemplos de outras pessoas e dizia "Qual é o mal de ser gorda? Desde que se seja uma gorda feliz.". Falou de várias pessoas que não podem andar, que são defecientes e disse-me que eles têm muitos mais motivos para chorarem e lamentarem-se que eu e não o fazem. Sim, mas é por eu ser fraca que os outros têm o direito de desvalorizar o meu sofrimento? Não desvalorizo o sofrimento de NINGUÉM, porque é que o fazem a mim?
Enfim, ele nem me passou uma dieta para perder peso! (foi aí que fiquei mesmo triste!). Nunca tinha chorado depois das consultas dele e teve de chegar o dia de hoje para acontecer.
Bem, não me sinto mesmo NADA bem com o meu corpo. Tenho nojo, raiva. Quando ando sinto que estou a carregar toneladas. Portanto isto tem que mudar. Como o nutricionista não me passou nenhuma dieta eu mesma vou fazer a minha própria dieta. Já comprei tudo o que preciso:
- Fruta (maçãs, pêras e laranjas);
- Peixe (pescada, redfish e bacalhau);
- Tostas intregrais;
- Fiambre de perú;
- Bolachas de água e sal;
- Chá verde (O MAIS IMPORTANTE!).
As únicas coisas que vou comer é isso que está na lista, e legumes claro!
Amanhã vou-me pesar e começo a contar decrescente (;

terça-feira, 19 de março de 2013

Só damos valor no final

Eu no post anterior disse que ia tentar, mas não consigo. A vida é uma batalha na qual eu não consigo lutar.
A tristeza, a angustia e a dor já fazem parte do meu dia-a-dia.
Julgam sempre. Ás vezes não é julgar, é tentar abrir-me os olhos mas a minha cabeça está tão bloqueada que não aguenta, e quando eu não aguento começo a chorar, e quando choro não me ocorre bons pensamentos.
Sabem o que é um pai e uma mãe dizerem que não gosta de vocês? Eu sei. Não, não foi da boca para fora, eles sabiam bem o que estavam a dizer. Eu sei que eles sofrem mas eu não acredito que sofram mais que eu. Pode ser iguismo da minha parte mas é como eu penso. Sou eu que carrego com tudo ás costas. Não consigo imaginar o que é gostar verdadeiramente de alguém que queira morrer e que o tente fazer, tal como eles não conseguem imaginar o que é querer morrer, o que é querer ser feliz e não conseguir. Eles não sabem o quanto precisava deles. Nunca lhes dei valor, nunca agradeci o que eles fizeram por mim. Agora que eles me querem abandonar eu não consigo aceitar. Sinto que ninguém gosta de mim a sério. Normalmente quando eu me sinto horrivelmente obesa eu começo a pensar "Não faz mal ser assim, os meus pais iram sempre gostar de mim, principalmente a minha mãe." e hoje que ela me disse que não gostava de mim e que não valia a pena gostar eu fiquei com uma enorme vontade de morrer ou então de abraçar alguém que fosse capaz de me ajudar mesmo.
O mundo para mim acabou. Não sei se á mais dor á minha espera, não sei... Desisto. Não vou voltar a tentar ser feliz porque como eu sempre disse haverá sempre alguém encarregue de destruir essa felicidade, e neste momento os meus pais foram esse alguém que não só destruiram a minha tentativa de ser feliz como destruiram a minha vida.
http://ask.fm/Catarinaf9/answer/31725453701

 

segunda-feira, 18 de março de 2013

Má noite

Hoje passei a noite muito mal.
Ontem, a última refeição que fiz foi por volta das 16:30 e só voltei a comer hoje ás 10:30. Ontem não quiz jantar por imbirração e porque não tinha fome (hoje também não jantei...). Adormeci com uma dor de cabeça insuportável por estar só a chorar e a pensar em coisas más. Por volta das 2horas da manhã acordei, comecei com dores de estômago e fui tentar vomitar para ver se aliviava mais  dor mas só vomitava espuma  e líquido.
Das 2horas ás 4horas da manhã levantei-me duas ou três vezes a correr para ir á casa de banho porque os meus intestinos já não estavam a funcionar muito bem também. Ás 4horas da manhã ainda fui comer 1/4 de uma maçã porque aquilo tudo podia ser fome, mas voltei a vomitar. Deitei-me no sofá da sala e ás 5horas da manhã acordei, outra vez. Voltei a ir á casa de banho mas nada. Fui para a cama cheia de dores no estômago e no peito por fazer força a vomitar e lá consegui adormecer.
O meu pai ás 10:20 veio ao meu quarto, estava deitada a dormir mas acordei e ele disse: "Então, hoje não te levantas?", mas disse isso com uma brutidade como se lhe tivesse feito algum mal.
Levantei-me da cama sem lhe dizer nada e fui tentar comer. Bebi meio copo de leite frio, uma torrada pequena com pouca manteiga e não vomitei (apesar de me doer o estômago).
Das 5horas da manhã até ás 10:20 sonhei que estava numa sala de hospital com o meu pai de um lado, uma fogueira a arder do outro lado e a minha mãe sentada num sofá á minha frente. O meu pai estava só a fazer-me mal, estava sempre a dar-me encontrões no braço, a apertá-lo e a puxar a pele das unhas para trás até fazer-me sangrar. Eu não párava de chorar e eles só me ameaçavam. Chegou lá uma enfermeira mas eu estava com medo de falar com ela mas falei. Os meus pais parecia que se estavam a fazer de vítimas á frente da enfermeira e falaram em internamento. A enfermeira disse que também achava melhor e os meus pais logo a seguir foram-me internar. Quando eu estava dentro do carro para ser internada disse para mim mesma: "Esqueci-me da lâmina!". E o pesadelo termminou aqui...

Vou tentar ser mais positiva e emagrecer. Eu disse tentar...

Ninguém gosta de uma pessoa sensível, triste, pessimista, que se corta, que se tenta matar, etc. Tenho que mudar (que fácil é escrever...).
Enfim, começo amanhã a dieta.

domingo, 17 de março de 2013

Foi quase...

Apaguei o blog mas escrever aqui já virou vício.

No dia 09/03 tomei 50 comprimidos (Sertralina 25mg) ás 10:30 da manhã com um único objetivo, morrer. Por volta das 12:45 começei a sentir-me mal, com dores de cabeça, dores de estômago, tonturas, tremores, batimentos cardíacos muito acelarados, ouvia e via coisas estranhas. Começei a vomitar, mas o que vomitava era ácido e tinha o sabor dos comprimidos.
Ás 13:30 (mais ou menos a essa hora) a minha irmã ligou para casa para falar com a minha mãe... Eu tinha escrito aqui no blog que tinha tomado esses comprimidos todos, a minha irmã soube e ligou logo para a minha mãe. Houve tanta discussão cá em minha casa... O meu pai culpava a minha mãe, a minha mãe culpava o meu pai, depois queriam-me levar para o hospital... Foi mesmo muito mau.
Passei a tarde toda mal. Tentava obrigar-me a comer fruta mas nem isso conseguia. Não jantei e ás 20h comi um pedaço muito pequeno de banana e quando fui á casa de banho deu-me vómitos e vomitei a banana e o ácido do estômago. Enquanto vomitava sentia que ia desmaiar e disse para a minha mãe: "Mãe, eu vou morrer.". Ela começou a ficar aflita porque eu não paráva de vomitar, parecia que me ia sair o estômago pela boca. Inclinei-me para cima e parei. Deitei-me no sofá e fechei os olhos. Estava cansada, cheia de dores e muito tonta.
O meu pai não estava em casa e a minha mãe ligou para ele para lhe dizer que iamos ao hospital porque tinha medo que em morresse durante a noite. Quando o meu pai chegou a casa foi ter comigo e gritou: "Ainda queres mais comprimidos? Vê lá, se quizeres eu dou-te mais.". A minha mãe começou a chorar e disse-me: "A culpa disto é toda tua!". Naquela altura estava tão a leste que o que eles me diziam não me fazia deitar nem uma lágrima.
Cheguei ao hospital e a enfermeira perguntou-me o que tinha. A minha mãe disse que eu tinha tomado 50 comprimidos e a enfermeira perguntou-me: "Para quê?", como se não fosse óbvio -.-
Respondi-lhe mal. Fui posta a soro para tentarem tirar maior parte do medicamento do sangue. Ligaram-me áquela máquina do coração e passei a noite no hospital. Fui vigiada a toda a hora por médicos e enfermeiros. Continuava a vomitar sem ter nada no estômago e tiveram-me de pôr no soro um medicamento para me parar os vómitos. Não vomitei mais mas não conseguia comer. Dormi muito pouco, talvez umas 4horas. No dia seguinte disseram-me que eu ia ser levada para Lisboa, porque os médicos que me tinham internado em 2012 queriam-me ver. Fui para Lisboa de ambulância e falei com o psiquiatra que lá estava. Era simpático, muito mesmo. Eu disse logo que não queria ser internada e ele perguntou-se "E vais voltar a fazer o que fizes-te?", disse que não e que não era preciso ser internada, ele só disse que ia confiar em mim (foi fácil de convencer).
Durante esta semana o meu pai tem-me falado muito mal. Tenho andado mesmo muito triste, com uma vontade enorme de morrer.

Sinto uma coisa tão forte dentro de mim que me faz desistir de tudo. Tento falar com pessoas porque dizem que é melhor e tal, mas elas desvalorizam sempre o que sinto e falam de outras pessoas. Ninguém se lembra do meu passado, ninguém se lembra de como eu fico frustrada por ser assim. Acham que é fácil ser uma pessoa pessimista que chora por qualquer coisa e que não acredita que a vida faça sentido? Não é mesmo nada fácil. Depende de mim para mudar isso mas eu não tenho força para mudar, não tenho coragem. Só de pensar que as pessoas gostavam era da velha Catarina, aquela que ria, que era divertida, brincalhona, extrovertida e que "não tinha" problemas e que se afastaram de mim porque não gostam da minha maneira de ser e me tornei numa pessoa muito mais triste, custa-me. Choro muito todos os dias. Sinto que não tenho vida.
Isto tudo seria mais fácil se certas pessoas estivessem ao meu lado... D'':
*chorar*

quarta-feira, 6 de março de 2013

Depressão

Cada dia que passa vejo as coisas a mudar cada vez mais. Não consigo lidar com nada. Não consigo aceitar o que sou, o que os outros pensam de mim e que alguns já nem se importem comigo.
Dói-me o peito e a cabeça por andar sempre nervosa. Já não encontro alívio em nada. Só gostava de nunca ter nascido, ou então de nunca ter conhecido as pessoas que conheci. A minha cabeça está a arrebentar. Não consigo concentrar-me em nada, é como se já não pensasse. Ando a descer brutalmente nas notas e respondo mal a quem está mais próximo de mim. Entrei novamente na depressão.

Na segunda á noite o meu pai disse que eu não era ninguém, que não valia nada e já me disse duas vezes que me odiava. Sempre que ele diz isso eu começo a pensar que é por isso que as pessoas de quem eu mais gostava se afastaram...
Ontem, quando estava na aula mandei um papel a um colega da minha turma (ele tem 17 anos mas ainda anda no 8º ano). O papel dizia "Popozuda + Helder", ele não gostou da brincadeira e mandou-me um papel a dizer "Obrigada doente!". Não fiquei muito afetada por ele me ter chamado doente, mas depois ele começou a dizer outras coisas. Chamou nomes á minha família, chamou-me pita imatura e disse "Já olhas-te bem para ti?". Até aí não me estava a magoar muito mas depois ele disse bem alto "Tu és uma puta. Fazes-te de doentinha mas de doente não tens nada! Queres emagrecer mas depois andas sempre aí a comer chocolates. Tu devias era ser internada outra vez! Era bem feita se engordasses!", e por fim chamou-me gorda, bem alto. Eu levantei-me a chorar e comecei a gritar. Saí da sala a correr e bati com a porta. Não sabia o que fazer. Estava a respirar tão rápido, mas tão rápido, o ar parecia que estava a faltar.
O diretor da escola viu-me e disse para eu voltar para a sala e ele ia comigo. Ia ter teste na hora a seguir e ele disse se tirasse má nota iria fazer trabalhos na escola depois das aulas.
Quando me puseram o teste á frente só escrevi o meu nome e pos-o ao canto da mesa. Fiquei a chorar mais de uma hora á frente da minha turma toda. Pedi ao professor para sair mas ele não deixou. Não conseguia parar de me lembrar daquilo que o H. me tinha dito.
É por isso que o J. e a A. se afastaram de mim, é por isso que eles não me falam, porque pensam o mesmo que o H., ou então pior.
Eu estou tão farta. Tão cansada. Só ainda não fiz algo pior pela minha mãe, só por ela. Eu tenho um desgosto tão grande dentro de mim que ninguém imagina. A única coisa que me prende á vida é a minha mãe.

Eu não sei o que fazer mais. Nunca pensei chegar a um ponto destes. Não vou chegar ao meu dia de anos, antes do dia 29 de Março chegar já irei estar morta.
Ninguém imagina como é que eu estou. Neste estado eu sou capaz de tudo, até de esquecer o que a minha mãe pode sofrer se eu fizer algo.

Eu escrevo mas não adianta. Não sei se volto a escrever. Em principio não.

Vou por um ponto a esta vida...
*CHORAR*

A.C. e J.L. <3 ;__;
(nunca me irei esquecer, só depois de morrer)

Eles <3 D':
______________________________________________________________________________


9 formas de suícidio:
1º - Tiro com armas de fogo
2º - Overdose de droga ou álcool
3º - Enforcamento
4º - Envenenamento
5º - Sufocamento
6º - Saltar de uma determinada altura
7º - Cortar os pulsos
8º - Choque elétrico
9º - Afogamento

domingo, 3 de março de 2013

A vontade de suícidio cresce

Que saudades que eu tenho dos meus comprimidos e daquelas lâminas afiadinhas que eu tinha.

Só de imaginar que o calor vai começar dentro de algumas semanas fico com o coração a mil.
Uma das coisas que mais me assusta é relembrar-me de tudo o que aconteceu nos verões de 2010, 2011 e 2012 (mas principalmente o de 2012). Eu não preciso que o verão chegue para me lembrar, só não quero voltar a reviver aquelas datas marcantes que aconteceram. Tudo me assusta.
Penso em suícidio, todos os dias. Lembro-me de algumas pessoas importantes para mim que marcaram-me com datas e digo para mim mesma "Não quero voltar a reviver esses dias, e se eu não os quero voltar a reviver o único caminho é o suícidio.".

Está quase a fazer um ano que eu e o J. nos conhecemos. É uma das datas pela qual eu não quero passar. Mas o que é que eu faço para não passar por ela? Mato-me? Como? Já não tenho comprimidos sobre a minha posse. Existe outras maneiras de o fazer, mas eu não quero outras maneiras. Eu só quero comprimidos, só comprimidos.
Não sei... Só de imaginar que ele em setembro está em outra escola, a conhecer novas pessoas, novas raparigas... Não quero pensar nisso, mas não consigo evitar. Como é que eu vou conseguir aguentar? Ele cada vez mais longe de mim. Choro só de imaginar... :'c
Passei o fim de semana todo a ver fotos dele de quando ele era mais pequeno, até vi vídeos dele. Ele quando era mais novo não parecia nada a pessoa que é hoje. Quando me lembro de quando o conheci, de quando o vi pela primeira vez... D':
Sou uma maricas. Mas fogo... Eu não sei explicar. É a única pessoa que tem o "poder" de me conseguir fazer sentir a pior pessoa do mundo e fazer sentir a pessoa mais feliz.
Não fala comigo á 4 dias. Não é excesso nenhum... (...) ... PARA MIM É!
Fico sempre com um nó na garganta quando falo dele ou penso nele. Com tanta gente no mundo tive de me apaixonar logo por ele. O que é que eu vi/vejo nele? Como é possível gostar de alguém que nos dá desprezo? Era suposto estar a deixar de gostar dele, mas parece que a cada dia que passo gosto mais.
QUE ÓDIO! Quero dizer tanta coisa e não tenho coragem.

Volto a dizer o que digo sempre nos outros post's: para quê viver? Eu gostava tanto mas tanto que algo de mal me acontecesse. Que tivesse um acidente, que morresse durante a noite, sei lá.
Nada dá certo, nada corre bem.
Hoje, por exemplo estive com uma amiga e pensei para mim mesma «Que inveja. Ela parece ser tão feliz, tem tudo aquilo que eu sempre quiz ter e ser.», porque é que eu é que tenho sempre de ser a merd*? Já não basta ser uma porcaria de corpo também tenho de ser de personalidade.

Eu só queria que ele gostasse de mim, queria que ele me fizesse sentir útil, que ainda se importasse comigo... (PORRA, PORQUE É QUE TUDO O QUE EU ESCREVO É EM RELAÇÃO A ELE?????).
Aquele gajo não me saí da cabeça! Sinto tanto amor por ele que esse próprio amor me faz querer desejar a morte a mim mesma.
Nunca fui tão infeliz na minha vida!!! Estes últimos dois anos...
Olhem aquilo que me tornei. Tornei-me numa gorda, invejosa, sensível, inútil, mimada e mal-amada.
Não sou nada. Não tenho valor.

Eu só queria desaparecer.
Insultem-me, falem-me mal, gozem, critiquem-me, espanquem-me, esfaqueiem-me, matem-me, façam o que quiserem! Deixei de me dar valor, deixei de acreditar que as coisas algum dia fiquem bem, deixei de acreditar em mim.

'Perdi o valor. Perdi-me'.

私はあなたを愛してJ.

My own darkness - Li o teu outro comentário e disses-te que querias falar comigo. Pediste-me o meu facebook mas por razões de pré-depressão apaguei essa rede social e também apaguei a famosa rede social chamada "Ask.fm". Neste momento só uso skype, se quizeres adiciona-me: catarina.r.999. Beijinhos <3

sábado, 2 de março de 2013

Sou rídicula!

Não sei o que escrever...
Eu quero escrever, mas sei lá, parece que nunca digo nada de jeito. O que eu penso e sinto parece-me uma coisa tão normal... Há gente que deve pensar que eu sou uma grande burra (na maioria das pessoas). Também não venho escrever para as pessoas lerem néh, só escrevo para me sentir melhor (o que já não resulta...) e para um dia mais tar vir ler as coisas que escrevia (eu ás vezes até fico estupefacta de ler certos textos).

Antes de ontem á noite cortei-me na perna direita, de cima até ao joelho. Mas na perna não se sente a mesma satisfação ou o mesmo alívio como nos braços, pelo menos para mim... Enfim.

Ontem á tarde deram-me erva para fumar. Estava um bocado hesitante porque nunca o tinha feito e pensei que aquilo me fizesse mal. Perguntei a um amigo se era muito mau fumar erva e ele disse "É muio bom queres tu dizer.".
Depois de ter dados só uns bafos disse-lhe "Isto não faz nada.", e ele :"Não faz não..." (ironicamente). 10 minutos depois começei-me a rir do nada, ou então ria-me do que os outros diziam e que não tinha piada nenhuma. Quando uma pessoa passava por mim eu metia-me com ela. De tanto rir a barriga até começou a doer.
Aquilo durou mais ou menos duas horas, e adorei! Tenho de repetir! Desta vez não tive de pagar nada, mas daqui para a frente se quiser continuar a consumir vou ter de pagar... Mas não faz mal, eu arranjo dinheiro.
Ainda estava a rir-me bué e fui fumar um cigarro normal. Quase sempre deixo o maço dentro da bolsa mais pequena da minha mala. Um amigo meu tirou-me o maço da mala e pôs-se a correr com ele. Discuti-mos como se aquilo fosse ouro para mim. Ele ficou um bocadinho chateado e chamou-me de viciada. Disse que estava a ficar com o vicio e para deixar-me destas coisas rápido. Caguei no que ele disse e depois, quando lhe virei as costas começei-me a rir, do nada (devia parecer maluca).
Eu lembro-me de tudo, mas não estava no meu estado normal porque eu nunca me rio da maneira que ri ontem. Mas pronto, ou menos estava divertida, e gostei muito!


- Sim, também sou rídicula por isto. Ainda vou acabar sozinha...
(ele não me fala á dois dias... Esqueceu-se que eu existo, esqueceu-se que cxiste alguém que sente a falta dele e que pensa nele a toda a hora... D':)